quinta-feira, 3 de março de 2011

Fim de jogo: o iPad 2 irá triunfar sobre os outros tablets

Não adianta me acusar de "fanboy" da Apple, creio que minha opinião reflete a realidade. Steve Jobs, CEO da Apple, deu uma pausa em sua licença médica para subir ao palco e apresentar o iPad 2 ao mundo nesta quarta-feira. Embora o tablet não seja revolucionário, é suficiente para manter o ritmo da Apple e torna muito difícil para os outros tablets competirem com ele.
Três semanas atrás Daniel Ionescu, um de meus colegas na PC World, escreveu um comparativo entre o Motorola Xoom e o HP Touchpad contra o iPad original. Comparando apenas as especificações de hardware, os tablets da Motorola e da HP saíram na frente. Mas as coisas mudaram.
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Observem a tabela daquele artigo, mas ajustem os dados para o iPad 2. O número de operadoras dobrou, e agora os consumidores norte-americanos poderão escolher entre a AT&T e Verizon. O sistema operacional é o iOS 4.3. A espessura foi reduzida para cerca de 0.8 cm. O peso caiu para cerca de 590 gramas. O processador de 1 GHz é dual-core, com 2x o desempenho em cálculos e 9x o desempenho em gráficos, em relação ao primeiro iPad. O iPad 2 tem câmera frontal (para videoconferência) e traseira, que filma em HD, além de um alto-falante estéreo e giroscópio.
Claro, depois que você atualiza as especificações ainda há áreas onde os tablets rivais parecem vencê-lo. O TouchPad tem um processador dual-core mais rápido, que roda a 1.2 GHz. Tanto o Xoom quanto o TouchPad tem 4x mais memória RAM que o iPad original, e não há informações sobre a quantidade de memória no iPad 2. O Xoom tem uma tela maior e com resolução mais alta. Mas o iPad 2 mais barato ainda custa US$ 499 (mesmo preço da geração anterior), comparado aos US$ 799 do Xoom. E o preço do TouchPad, que só chegará ao mercado daqui a quatro ou cinco meses, sequer foi divulgado pela HP.
A Apple tem em sua loja mais de 65 mil aplicativos desenvolvidos para o iPad. A Google finalmente lançou uma versão otimizada para tablets de seu sistema operacional Android (a 3.0 "Honeycomb"), mas o número de aplicativos adaptados para tablets ainda é contado nas centenas. As outras plataformas sequer foram lançadas. O tamanho do catálogo de aplicativos e a fatia de mercado da plataforma se tornam um círculo virtuoso: consumidores querem o tablet com a maior quantidade de aplicativos, e os desenvolvedores querem a plataforma com o maior potencial de vendas. Repita.
A Apple já tem uma vantagem de um ano em relação à concorrência e uma fatia dominante (90%, segundo Steve Jobs) do mercado de tablets. O iPad 2 supera o original e dá à Apple especificações e desempenho iguais ou superiore às dos rivais. Isso deixa a Motorola, Samsung, RIM, HP e outras brigando por um distante (muito distante) segundo lugar.
Agora só me falta vender meu iPad 1 para juntar o dinheiro para um iPad 2. Interessados?

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